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O bem de verdade

O bem de verdade precisa fazer bem de verdade.  Quando penso em ajudar o pobre preciso dar o caminho a ele, ensinar a pescar! O pobre não é aquele apenas que não tem as coisas, na verdade ele não tem o acesso às coisas. Quando penso em matar a fome de um povo preciso de imediato pensar na comida dentro do prato deles, mas também preciso pensar nos dias que virão. Pois fome temos todos os dias. E isto significa dizer que levar comida para quem tem fome não pode ser uma ação isolada que presta socorro aleatório. Ou seja, não é justo levar comida para quem tem fome uma vez no ano ou no mês e voltar para minha casa onde nada falta. Isso não é justo! Ou eu compreendo de fato a dor do outro e transformo seu mundo ou então tudo que estou fazendo é apenas aliviar minha consciência para trazer mais conforto para mim mesmo na hora que deito a cabeça no travesseiro para dormir.

Quando alguém tem fome precisamos discernir o ponto falho do processo. Quem não tem o pão na mesa todos os dias precisa aprender a tê-lo. Isto dignifica o homem!  O homem que não ganha o seu pão com o seu próprio suor não está bem consigo mesmo, ele sofre consigo mesmo!

Entendemos que animais no zoológico que foram enjaulados acorrentados e limitados é que precisam de comida, pois foram roubados de sua liberdade e poder de auto-sobrevivencia. Já os seres humanos precisam de apoio de ensinamentos de dignidade. Quando me deparo com o homem com fome preciso ver nele a humanidade, os dons naturais de um ser que não é inferior a mim em nada a não ser na desigualdade social. Eu nasci em um berço e ele em outro! Não temos culpa disso!

O que fazer?

Em primeiro lugar acho que devemos amar o outro como amamos a nós e a nossa família. Se como alcatra ou contra filé deve ser  isso que devo doar. Se tenho acesso às coisas boas devo compartilhar este acesso.

Devo entender definitivamente que a fome não é o unico poblema a ser resolvido, mas devemos saber porque ela existe e erradicar suas causas.  Arrisco dizer que a fome é a febre da desigualdade social!

Também aprendi que enquanto tento resolver o problema do outro não devo trata-lo como um cão. Ou seja, enquanto lhe dou comida devo me relacionar com ele, caminhar com ele e lhe apontar soluções. Gasto minha vida com a dele!

E devemos empodera-lo de verdade. Enquanto ele não produzir com suas próprias mãos ele continuará sendo necessitado. E enquanto ele não puder compartilhar com outros o seu pão ele ainda não tem o suficiente para si mesmo. Precisamos libertar as pessoas de suas jaulas e devolver-lhes suas dignidades.

Fazer o bem vai muito mais além quando de fato queremos fazer o bem. Não há como vencermos o mal jogando uma moedinha do nosso bolso na direção de alguém falido. Isto vai custar muito mais caro que pensamos.

Se você deseja salvar vidas então entregue a sua!

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